Medicamentos que Aumentam o Risco de Quedas em Idosos: Principais Grupos e Cuidados

Uso de medicamentos que afetar o equilíbrio dos idosos

Medicamentos que Aumentam o Risco de Quedas em Idosos: Principais Grupos e Cuidados

Os medicamentos que aumentam o risco de quedas em idosos são uma das principais causas de hospitalização e perda de independência na terceira idade.

O uso de determinados medicamentos pode afetar o equilíbrio e aumentar significativamente esse risco. 

Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de óbitos por quedas de idosos aumentou 58,88% nos últimos 10 anos, passando de 8.775 mortes em 2013 para 13.942 em 2023. 

Portanto, entender quais remédios podem comprometer a segurança e como minimizar seus efeitos adversos é essencial para prevenir acidentes.

Como os Medicamentos que Aumentam o Risco de Quedas em Idosos Afetam o Corpo e o Equilíbrio

Com o envelhecimento, o metabolismo dos medicamentos torna-se mais lento, aumentando o tempo de permanência das substâncias no organismo e, consequentemente, os efeitos colaterais. 

Entre os impactos mais comuns que afetam o equilíbrio dos idosos estão:

  • Tontura e vertigem: Alguns medicamentos reduzem a pressão arterial ou afetam o sistema nervoso central, causando instabilidade.
  • Fraqueza muscular: Certos fármacos podem causar relaxamento muscular excessivo.
  • Sonolência e confusão mental: Substâncias sedativas comprometem a atenção e os reflexos.
  • Hipotensão postural: Algumas medicações fazem a pressão cair ao se levantar, aumentando o risco de quedas súbitas.

Lista de Medicamentos que Aumentam o Risco de Quedas em Idosos

Os seguintes grupos de medicamentos estão associados a um risco maior de quedas em idosos:

1. Sedativos e Tranquilizantes

  • Benzodiazepínicos (diazepam, lorazepam, clonazepam)
  • Zolpidem e outros indutores do sono
  • Antipsicóticos (haloperidol, risperidona, quetiapina)

2. Antidepressivos

  • Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (fluoxetina, sertralina, paroxetina)
  • Tricíclicos (amitriptilina, nortriptilina) – associados a maior sedação e hipotensão postural

3. Anti-hipertensivos

  • Betabloqueadores (propranolol, atenolol)
  • Diuréticos (furosemida, hidroclorotiazida) – podem causar desidratação e hipotensão

4. Analgésicos e Opioides

  • Codeína, tramadol e morfina – podem provocar tontura e confusão mental

5. Medicamentos para Diabetes

  • Insulina e sulfonilureias (glibenclamida, gliclazida) – podem causar episódios de hipoglicemia, resultando em desmaios

Leia também: Lista de Medicações que Elevam o Risco de Queda

Polifarmácia e o Uso de Medicamentos que Aumentam o Risco de Quedas em Idosos

A polifarmácia, ou seja, o uso simultâneo de múltiplos medicamentos, é um fator de risco para quedas. 

Muitos idosos fazem uso contínuo de cinco ou mais remédios, aumentando a chance de interações medicamentosas e efeitos adversos. 

A revisão periódica das prescrições médicas pode ajudar a identificar quais fármacos podem ser ajustados ou substituídos por alternativas mais seguras.

Leia também: A Relação Entre Diabetes e o Risco de Quedas na Terceira Idade

Como Reduzir o Impacto dos Medicamentos que Aumentam o Risco de Quedas em Idosos

Algumas ações podem ajudar a minimizar o impacto dos medicamentos no equilíbrio dos idosos:

1. Quando Consultar um Médico para Revisar a Medicação

  • Caso o idoso apresente tontura frequente ou episódios de desmaio.
  • Se houver aumento de quedas ou instabilidade ao andar.
  • Sempre que houver mudança na prescrição médica.

2. Alternativas Seguras para Medicamentos de Alto Risco

  • Optar por doses mais baixas e ajustes individualizados.
  • Substituir medicamentos de longa duração por opções de ação mais curta.
  • Priorizar métodos não medicamentosos, como fisioterapia e mudanças no estilo de vida.

3. Como Cuidadores e Familiares Podem Ajudar na Prevenção

  • Monitorar os efeitos colaterais e sinais de alerta.
  • Incentivar a hidratação e uma alimentação equilibrada para evitar quedas por fraqueza.
  • Adaptar o ambiente doméstico para reduzir obstáculos e pontos de risco.

Muitos dos medicamentos que aumentam o risco de quedas em idosos são prescritos para tratar condições crônicas importantes, como insônia, ansiedade, hipertensão e diabetes.

Por isso, o objetivo não é interromper o uso sem orientação, mas sim ajustar a dosagem e avaliar constantemente seus efeitos.

A revisão criteriosa, feita por profissionais capacitados, ajuda a manter o tratamento eficaz e, ao mesmo tempo, reduzir os riscos de acidentes causados por essas substâncias.

Vale ressaltar que o uso de medicamentos que aumentam o risco de quedas em idosos nem sempre pode ser evitado, especialmente em pacientes com múltiplas condições crônicas.

No entanto, quando há um acompanhamento rigoroso e personalizado, é possível equilibrar o tratamento da doença de base com a prevenção de efeitos colaterais perigosos.

Portanto, é imprescindível que os profissionais de saúde estejam atentos às particularidades de cada paciente idoso e façam ajustes sempre que necessário.

Prevenção de Quedas em Idosos por Medicamentos: O Papel dos Cuidadores

Além das medidas clínicas, a educação de cuidadores e familiares é indispensável na prevenção de quedas associadas ao uso de medicamentos.

Por esse motivo, é essencial que todos os envolvidos estejam atentos aos sinais de alerta, como alterações no equilíbrio e episódios recorrentes de tontura.

Ainda que as consultas médicas sejam fundamentais, o monitoramento diário também pode indicar a necessidade de revisar os medicamentos que aumentam o risco de quedas em idosos.

Dessa forma, ações preventivas tornam-se mais eficazes e personalizadas.

Importância do acompanhamento multidisciplinar

É importante destacar que a segurança do idoso depende de uma abordagem multidisciplinar.

Isso porque médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e farmacêuticos podem atuar em conjunto para reduzir os efeitos adversos dos medicamentos que aumentam o risco de quedas em idosos.

Enquanto o médico ajusta a prescrição, o fisioterapeuta pode trabalhar o fortalecimento muscular e o equilíbrio.

Assim, além de reduzir o risco de acidentes, há uma melhora significativa na autonomia e na qualidade de vida do idoso.

Teste de avaliação de risco de quedas em idosos devido ao uso de medicamentos

Leia também: Como a Hipertensão Ortostática Pode Aumentar o Risco de Quedas?

A relação entre medicamentos e quedas em idosos é um aspecto crucial para garantir um envelhecimento seguro. 

Revisar regularmente os remédios em uso, monitorar efeitos colaterais e adotar estratégias de prevenção pode reduzir significativamente o risco de acidentes. 

Caso haja dúvidas sobre os medicamentos utilizados, é fundamental consultar um profissional de saúde para avaliar possíveis ajustes na prescrição. 

Afinal, pequenas mudanças podem fazer grande diferença na qualidade de vida do idoso.

Por fim, é fundamental reconhecer que os medicamentos que aumentam o risco de quedas em idosos representam um desafio contínuo na prática clínica e no cuidado domiciliar.

Assim, a conscientização, o acompanhamento profissional e o diálogo constante entre paciente, cuidador e equipe médica são indispensáveis para evitar acidentes e promover um envelhecimento mais seguro.

Por isso, fique atendo! Dessa forma, todos se mantém seguros.

VINICIUS VIEIRA MARTINS
Fisioterapeuta pela UFRJ
Mestre em Ciências Biológicas pela UFRJ
MBA em Gestão, Inovação e Serviços de Saúde pela PUCRS

Conteúdo com validação profissional

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Responsáveis técnicos

Vinícius Vieira Martins
Fisioterapeuta, administrador e mestre em Ciências Biológicas (UFRJ). CEO da CHECKUP FISIO, mentor de carreira de fisioterapeutas e ex-supervisor do Hospital Copa Star. Especialista em gestão em saúde, inovação e desenvolvimento de modelos sustentáveis de atendimento fisioterapêutico.

Prof. Dr. Palmiro Torrieri Jr.
Fisioterapeuta (CREFITO 6919-F), Osteopata D.O. Honoris, Instrutor Internacional do Conceito Mulligan®, professor do IBO e consultor científico da CHECKUP FISIO. Com mais de 40 anos de experiência, é referência em avaliação funcional, prevenção de quedas e reabilitação musculoesquelética no Brasil e na América Latina.

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