Ainda hoje, muitos mitos nos cuidados dos idosos impedem que familiares e cuidadores ofereçam a melhor assistência possível.
Por consequência, esses equívocos podem comprometer a qualidade de vida e impedir um envelhecimento ativo e saudável.
Neste sentido, compreender o que é realmente verdade sobre o envelhecimento é o primeiro passo para garantir cuidados mais eficazes.
Neste artigo, vamos desmistificar os principais mitos relacionados à terceira idade e mostrar como promover um cuidado mais consciente, individualizado e humanizado.
Mito 1: “Idosos não devem praticar exercícios físicos”
Verdade: A prática de atividades físicas é fundamental em qualquer fase da vida, inclusive na terceira idade.
Além disso, exercícios como caminhada, alongamento e musculação leve ajudam a fortalecer os músculos, melhorar o equilíbrio e prevenir quedas.
Dica prática: Consultar um profissional de saúde para recomendar atividades seguras e adequadas ao perfil do idoso.
Inclusive, a regularidade nos exercícios pode reduzir sintomas de ansiedade, melhorar o humor e aumentar a autonomia funcional.
Mito 2: “Todo idoso terá demência com o tempo”
Verdade: Embora o risco de doenças como Alzheimer aumente com a idade, nem todos os idosos desenvolvem demência.
Na realidade, muitos mantêm a memória preservada até idades avançadas.
Além disso, um estilo de vida saudável, com estímulo mental e social, ajuda a preservar a saúde cognitiva.
Dica prática: Estimule atividades como leitura, jogos de memória e hobbies que desafiem o cérebro.
Leia também: Alzheimer e Outras Demências: Desafios para a Memória e Comportamento
Mito 3: “Idosos não têm mais vida social ativa”
Verdade: Manter uma vida social ativa é essencial para a saúde mental e emocional dos idosos. Do contrário, o isolamento pode levar à depressão e agravar doenças físicas e cognitivas.
Dica prática: Incentive a participação em grupos de convivência, encontros com amigos e atividades comunitárias.
Além disso, manter vínculos sociais fortalece o senso de pertencimento e autoestima.
Mito 4: “Dormir muito é normal para idosos”
Verdade: O sono excessivo pode ser um sinal de problemas de saúde, como depressão ou distúrbios do sono. Por esse motivo, é importante observar mudanças no padrão de sono do idoso.
Dica prática: Criar uma rotina de sono e buscar orientação médica se houver queixas frequentes de cansaço ou insônia.
Adicionalmente, vale ressaltar que ambientes silenciosos, alimentação leve à noite e iluminação adequada podem favorecer um sono de melhor qualidade.
Mito 5: “Idosos não aprendem coisas novas”
Verdade: O cérebro dos idosos continua sendo capaz de aprender e se adaptar. Estimular o aprendizado ajuda a manter a mente ativa e melhora a autoestima.
Dica prática: Incentive o aprendizado de novas tecnologias, idiomas ou habilidades manuais, como pintura e culinária.
Dessa forma, os idosos se sentem mais úteis, motivados e mentalmente ativos.
Mito 6: “Os cuidados com idosos são iguais para todos”
Verdade: Cada idoso tem necessidades únicas, que variam conforme a saúde, estilo de vida e preferências pessoais. Portanto, oferecer cuidados padronizados pode ser ineficaz ou até prejudicial.
Dica prática: Personalize os cuidados com base em avaliações médicas e nos desejos e hábitos do idoso.
Sendo assim, é possível promover dignidade, conforto e bem-estar reais.
Inclusive, envolver o idoso nas decisões sobre sua rotina contribui para maior adesão aos cuidados.
Mito 7: “Idosos não têm interesse em tecnologia”
Verdade: Muitos idosos estão aprendendo a usar smartphones, redes sociais e aplicativos. A tecnologia pode facilitar a rotina, manter o contato com a família e oferecer entretenimento.
Dica prática: Ensine o uso de tecnologias de maneira simples e paciente, promovendo autonomia e inclusão digital.
Além disso, o uso de tecnologia pode trazer mais segurança com recursos como chamadas de emergência, lembretes de medicamentos e telemedicina.
Rompendo mitos para um envelhecimento saudável e digno
Desmistificar os mitos nos cuidados dos idosos é essencial para oferecer uma vida mais saudável, ativa e feliz. Com informação e boas práticas, é possível promover o bem-estar e garantir que a terceira idade seja vivida com qualidade e dignidade.
Ao compreender as verdadeiras necessidades dos idosos, cuidadores e familiares podem contribuir para um envelhecimento mais positivo e humanizado.
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VINICIUS VIEIRA MARTINS
Fisioterapeuta pela UFRJ
Mestre em Ciências Biológicas pela UFRJ
MBA em Gestão, Inovação e Serviços de Saúde pela PUCRS