De Moderado a Grave: A Queda que Mudou o Quadro de Alzheimer de Norma

Alzheimer como risco de quedas em idosos

A história de Alzheimer e quedas em idosos pode ter consequências drásticas. No caso de Norma, por exemplo, o impacto foi profundo e imediato.

Diagnosticada há seis anos com a doença, Norma vivia relativamente independente até uma queda mudar completamente sua situação.

A partir deste ponto, sua saúde mental e física se deterioraram rapidamente.

Diagnosticada há seis anos com a doença em estágio moderado, Norma vivia com algumas limitações, mas ainda mantinha certa independência e conseguia realizar muitas atividades do dia a dia com ajuda mínima de seu marido e filhos.

No entanto, uma queda aos 80 anos mudou completamente sua trajetória, levando a uma deterioração grave e rápida de sua saúde mental.

O Diagnóstico de Alzheimer e Quedas em Idosos: A Situação de Norma Antes da Queda

Norma convivia com o diagnóstico de Alzheimer há seis anos. 

Durante esse período, apesar dos desafios, ela conseguia manter uma rotina com a ajuda de seu marido e de seus filhos.

 Segundo sua filha:

depoimento da paciente com Alzheimer e quedas em idosos

Impacto de Quedas em Idosos com Alzheimer: Como o Acidente de Norma Mudou Tudo

Tudo mudou quando Norma sofreu uma queda e bateu a cabeça. 

O acidente resultou em um agravamento súbito dos sintomas da demência. 

Após a queda, Norma começou a demonstrar sinais de desorientação severa e agressividade, algo que antes era menos pronunciado.

Silvia relembra: “Após a queda, percebemos um agravamento na demência dela. Ela passou a se tornar agressiva e insistia em ir para a casa da mãe, que já havia falecido há décadas.”

A queda também fez com que Norma se tornasse completamente dependente de cuidados. Seu marido, que também era idoso, enfrentou dificuldades em oferecer a assistência necessária, e os filhos, apesar de estarem presentes, tinham suas responsabilidades profissionais.

Agressividade e Desorientação: Como Quedas Agravam o Alzheimer em Idosos

Com o agravamento do quadro, Norma começou a se recusar a tomar banho, a se alimentar e a seguir a medicação, tornando o manejo da situação ainda mais complexo para a família. 

Silvia explica que “era muito difícil lidar com a agressividade e a desorientação dela. Meu pai tentava cuidar dela, mas chegou a um ponto em que ele não conseguia mais sozinho.”

Leia também: 5 Sinais de Perda de Independência em Idosos que Você Precisa Conhecer

A Decisão pela Internação: Quando a Assistência Especializada se Torna Necessária

Diante da situação, a psiquiatra que acompanhava Norma sugeriu que a família considerasse a internação em uma casa de repouso especializada, onde ela teria atendimento e monitoramento 24 horas.

A decisão foi difícil, mas necessária, já que o quadro de Norma exigia cuidados específicos que não poderiam ser providos em casa.

“Foi uma decisão dolorosa, mas percebemos que era o melhor para a segurança e o bem-estar dela. Na casa de repouso, ela teria suporte constante e poderia receber a atenção médica que precisava”, comenta Silvia.

O ambiente especializado ajudou a controlar um pouco a agressividade e a garantir que Norma fosse medicada e alimentada de maneira adequada.

O Desfecho da História: A Luta de Norma e o Fim de um Ciclo

Aos 82 anos, Norma contraiu uma pneumonia grave e veio a falecer.

Sua história ilustra como uma queda, quando associada a um quadro de Alzheimer, pode agravar drasticamente a condição de saúde de um idoso, levando a desfechos difíceis para a família.

Pacientes com doenças neurodegenerativas como o Alzheimer, qualquer impacto ou trauma pode acelerar a progressão da doença. É essencial que as famílias estejam cientes dos riscos e adaptem o ambiente doméstico para minimizar a possibilidade de quedas.

O Papel dos Cuidados Paliativos e a Importância de Suporte Profissional

Nos estágios finais da vida de Norma, a assistência especializada e os cuidados paliativos desempenharam um papel fundamental. 

O suporte contínuo e o manejo profissional permitiram que Norma tivesse qualidade de vida nos seus últimos dias, mesmo com todas as limitações impostas pela demência.

“Quando chegamos a esse estágio da doença, é importante contar com uma equipe multidisciplinar, que possa oferecer não apenas o suporte físico, mas também o emocional, tanto para o paciente quanto para a família.” 

A história de Norma mostra como quedas em idosos podem agravar quadros neurológicos, como o Alzheimer, e destacar a importância de adaptar os ambientes e de monitorar constantemente a saúde dos idosos para prevenir acidentes. 

Além disso, contar com o apoio de profissionais especializados e, quando necessário, recorrer a casas de repouso pode ser fundamental para garantir um tratamento adequado e dignidade nos últimos anos de vida do paciente.

Alzheimer e Outras Demências: Desafios para a Memória e Comportamento

VINICIUS VIEIRA MARTINS
Fisioterapeuta pela UFRJ
Mestre em Ciências Biológicas pela UFRJ
MBA em Gestão, Inovação e Serviços de Saúde pela PUCRS

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Vinícius Vieira Martins
Fisioterapeuta, administrador e mestre em Ciências Biológicas (UFRJ). CEO da CHECKUP FISIO, mentor de carreira de fisioterapeutas e ex-supervisor do Hospital Copa Star. Especialista em gestão em saúde, inovação e desenvolvimento de modelos sustentáveis de atendimento fisioterapêutico.

Prof. Dr. Palmiro Torrieri Jr.
Fisioterapeuta (CREFITO 6919-F), Osteopata D.O. Honoris, Instrutor Internacional do Conceito Mulligan®, professor do IBO e consultor científico da CHECKUP FISIO. Com mais de 40 anos de experiência, é referência em avaliação funcional, prevenção de quedas e reabilitação musculoesquelética no Brasil e na América Latina.

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